Ceia Judaica.
Apesar de mostrar uma paleta de cores
brilhantes e variadas, nesta cena o resultado
foi surpreendente.
A mesma confiança das obras anteriores
fica patente no tratamento cada vez mais livre das pinceladas e no crescente
dinamismo e expressividade das figuras, chegando a dimensões de desespero no
olhar de alguns personagens, o que ilustra com clareza a passagem do equilíbrio
clássico.
A ceia de Emaús.
Nesta cena Marcílio Soares Conseguiu uma composição de beleza carismática.
A dimensão e impacto realista que ele deu a esta obra, ao usar
um fundo paisagístico, totalmente em tons suave, foi agrupar a cena em primeiro
plano com focos intenso de luz sobre os detalhes, principalmente as vestes e os
rostos.
O
uso de sombra e luz é marcante e atrai o observador para dentro da cena.
Os efeitos de iluminação que o artista criou recebem um nome
específico: iluminado.
Características da pintura
renascentista, em que a reprodução da figura humana, a expressão de suas
emoções e o movimento ocupam um lugar que parecem cópia da realidade.
Ultima Ceia.
Os contrastes de forma e luz sublinham
formas maciças que, na maior parte de suas obras, emergem vigorosamente de um
fundo claro escuro com pouca profundidade como em temas cotidianos, a exemplo desta
obra.
A composição é estruturada em torno da figura monumental de
Cristo.
Seu tratamento de espaços e volumes é claramente natural, com
linhas exatas a delimitar as formas, e sua pintura é interpretada como um sumário da evolução da fé.
A mistura cromática e o brilho são impressionantes e possuem
qualidades que os tornam obras de arte por si mesma.
O artista demonstra uma habilidade
consumada no tratamento da forma, nos efeitos de luz e na descrição da anatomia
e do movimento.
É
capaz de obter efeitos de volume muitas vezes com o simples controle da
espessura do traço.
O estudo dos seus desenhos realista
lança luzes valiosas sobre o seu processo criativo e sobre as mudanças na
concepção maravilhosa desta obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário